Estética e funcionalidade dos forros

Processo de composição

Atualmente, a utilização do forro na construção civil recebe destaque, não somente por apresentar beleza aos ambientes, como também representa uma diminuição significativa dos custos e processos entre as partes envolvidas na execução das obras.

O forro se encontra entre as duas partes, desde o projeto estrutural até o conforto ambiental do imóvel. Nesse sentido, são levados em consideração a estética e as variantes: térmica, acústica, visual, iluminação e segurança, advindos da elaboração do projeto de ambientação.

Importância do seu uso

A ambientação visa a disposição dos elementos de maneira harmônica e o estudo do material, além da organização mais adequada para cada ambiente. Desta forma, leva em consideração a necessidade de corresponder às expectativas do usuário e as normas técnicas vigentes para a correta e fluida execução do projeto.

Sendo assim, os forros ganham espaço por apresentarem uma característica rentável, já que possibilitam que em situações de lajes nervuradas, dutos de ventilação, fiação e tubulações fiquem embutidas no entre forro pelo rebaixamento da altura do pé direito. Cumprindo, assim, uma dupla atividade: redução das etapas de execução e atrativo estético à obra.

Conhecendo os tipos de materiais

O uso desse elemento na arquitetura de interiores é dividido em: aderentes, no caso do forro anexado a laje, e suspensos, que são os mais usuais. Além disso, existe uma grande diversidade de materiais disponíveis no mercado para contemplar os estilos de cada usuário, como por exemplo:

Gesso em placas

Mais usado em ambientes residenciais, proporciona bom acabamento, podendo receber pintura e estilos de aplicação que possibilitam uso de sancas. Essas, podem ser abertas, fechadas ou invertidas, proporcionando assim, efeitos de iluminação, que enobrecem os espaços.

O ponto negativo desse material é a alta absorção de umidade, o que facilita a proliferação de fungos e mofo, assim como a perda total das peças em caso de manutenção.

Gesso acartonado/ Drywall

De fácil aplicação, fixado em estrutura de aço, e de fácil remoção. Adequado para ambientes úmidos, além de ser resistente ao fogo. O ponto negativo é o custo da sua instalação, e também o fato de que se revestido, em caso de manutenção será danificado.

Madeira

Deixando o ambiente mais acolhedor, esse material proporciona boa acústica e condição térmica ao ambiente. Entretanto, traz certa fragilidade quanto a incidência de cupins, necessitando assim, de um tratamento adequado e manutenção frequente.

PVC – policloreto de vinila

De fácil montagem e limpeza, apresenta resistência a humidade e é ideal para uso em áreas molhadas, tais como: cozinha, banheiro e ambientes externos. Além disso, possui cores diversas e um ótimo custo benefício.

Entretanto, traz como ponto negativo a baixa representatividade estética comparada aos outros materiais. O PVC é muito usado para áreas de maior extensão, já que apresentam bom isolamento sonoro e alta durabilidade.

Tecido

Alguns exemplares apresentam composição inorgânica, o que impede a proliferação de fungos e mofos. Além disso, apresenta alta performance acústica e é resistente a incêndios, sendo, portanto, ideal para ambientes com incidência intensa de iluminação.

Metálico

Material de densidade leve, apresenta fácil aplicação e estética diferenciada, além de possibilitar a difusão da iluminação a partir do formato da estrutura. Porém, ao escolhê-lo, tenha em mente a ineficiência acústica do metal, serão necessários alguns auxiliadores, como uma manta acústica, por exemplo, para a reversão da deficiência sonora.

Fibra mineral

Esse material, ao contrário dos outros, não apresenta uma estética tão agradável, devido, principalmente, à sua superfície rugosa. Essa, dificulta a limpeza da estrutura, o que a torna inapropriada para locais que precisam de manutenção constante, tais como hospitais.

Em contrapartida, o forro de fibra mineral é de fácil montagem e baixo custo, além de ser um material sustentável. O seu principal uso está relacionado com grandes espaços.

Existem outros materiais utilizados em menor escala, mas que se mostram como uma alternativa rentável e de estética própria, como por exemplo, o forro de bambu, pallet e sopor.

Projeto que valoriza os ambientes

A fim de proporcionar conforto ambiental adequado ao usuário, são levadas em consideração as condicionantes ergonômicas e funcionais, com base nos materiais e quadro de necessidades, além das normas técnicas.

Como parâmetros para facilitar a escolha em conjunto com um profissional, temos:

  • Escolher um material que atenda as configurações dos ambientes.
  • Priorizar a ventilação no imóvel, a fim de evitar situações de incêndio.
  • Ter em mente possíveis necessidades de alteração do layout da edificação e iluminação, por isso priorizar forros de fácil remoção.
  • Reservar espaço extra entre o forro e a laje/coberta para se existir necessidade de ampliação de fiação elétrica e/ou manutenção de dutos de ventilação.
  • Certificar as especificações dos materiais conforme as normas.
  • Reservar o espaço entre piso e teto de no mínimo 2,60 metros para evitar desconforto do usuário.